terça-feira, 23 de junho de 2009

Nossa Senhor do Líbano



A devoção dos libaneses a Nossa Senhora é antiga. Remonta aos primeiros séculos da Igreja, pois seus ancestrais conheceram Maria pessoalmente. A proteção da Virgem aliada à de São Maron salvou o Líbano de muitos perigos, conservando a sua autonomia no decorrer dos séculos e confirmando seus habitantes na fé católica.
Em princípios deste século, no ano de 1904, o patriarca maronita Elias Hoayeck resolveu construir no cume do Haruça, no Monte Líbano, defronte à Baía de Djuniche, num dos lugares mais belos do país, entre o mar azul e o cimo das lendárias cordilheiras, um templo para comemorar o cinqüentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição.
Nossa Senhora do Líbano
A construção, iniciada naquele ano, foi inaugurada em 1908.
O belo monumento é composto por uma capela circular, com o formato de uma torre, rodeada por longa rampa em espiral. Sobre o santuário encontra-se uma imagem da Imaculada Conceição, mandada fazer na França e pesando cerca de 14 toneladas. Este templo é continuamente visitado por milhares de fiéis procedentes de todo o Oriente e também da Europa, que vêm agradecer a Nossa Senhora do Líbano os inúmeros milagres e graças alcançadas em seu intermédio.
Para melhor transportar os peregrinos, foram construídos quarenta teleféricos, que partem da cidade de Djuniche, situada à beira-mar, e se dirigem à montanha do santuário, descortinando aos olhos dos transeuntes um esplêndido panorama.
Em 1954, o papa João XXIII, então Cardeal, coroou solemente a estátua de Nossa Senhora do Líbano, por ocasião do cinquentenário de sua construção e do centésimo aniversário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição.
Nossa Senhora do Líbano possui muitos devotos no Brasil, principalmente entre os membros da colônia sírio-libanesa. Existem templos dedicados à Nossa Senhora do Líbano em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Juiz de Fora.

Nossa Senhora da Oliveira


A devoção a Nossa Senhora da Oliveira sempre foi muito popular em Portugal. Prova disso são as inúmeras paróquias a ela dedicadas nesse país. Em Minas Gerais, a devoção a Senhora da Oliveira chegou com os aventureiros que afluíam para a Capitania das Minas em busca do ouro e acabou dando nomes a algumas localidades como: o Arraial de Nossa Senhora da Oliveira do Piranga, Capela de Nossa Senhora da Oliveira de Borda do Campo, Capela de Nossa Senhora da Oliveira na freguesia do Sumidouro. Em Portugal, Nossa Senhora da Oliveira era invocada como padroeira dos oficiais confeiteiros, carpinteiros de carruagem e de carros em geral e dos picheleiros

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Nossa Senhora da Divina Providência



O título Nossa Senhora da Divina Providência não é novo, pois já era usado em vários santuários da Itália desde o século XII, tendo sempre por objeto quadros e afrescos representando a Virgem Santíssima com o Menino nos braços. Mas só em 1732 se inicia o movimento religioso oficialmente reconhecido pela Santa Sé, o qual se espalhou em todo o mundo, atraindo multidões.
Um contratempo deu ocasião à inauguração do quadro célebre exposto à veneração pública em Roma. Em 1659 0 papa Alexandre VII, da família Chigi, resolveu engrandecer a praça Colonna, e, quando os clérigos de São Paulo entregaram seu convento aos demolidores, cortaram uma parte da parede na qual um artista desconhecido pintara uma imagem de Maria, milagrosa, para levá-la consigo.
Nossa Senhora da Divina Providência
Mas, quando se tratou de colocá-la no lugar que lhe destinaram, o precioso afresco caiu e fez-se em mil pedaços.
O arquiteto, sentindo vivamente a perda do afresco, quis indenizar os religiosos, e a grande custo adquiriu um quadro da Virgem, obra-prima de Scipione Puizone. A pintura, que tem 54 cm de altura por 42 de largura, foi colocada no altar do oratório situado no primeiro andar do convento de São Carlos, por ser o local em que os religiosos se reuniam para os exercícios de piedade.
Descrição da imagem (pintura) que representa Nossa Senhora da Divina Providencia: a Virgem Maria esta revestida de uma túnica purpúrea e de um manto azul; um véu transparente lhe cobre a cabeça, recaindo elegantemente sobre os ombros; ela aperta amorosamente ao seio virginal a criança que segura nos braços e dirige suave olhar para o rosto adorável do mais belo dentre os filhos dos homens. 0 Menino não tem auréola, o que indica, na opinião de um cônego distinto, que Ele, além de ser o Filho de Deus, representa também os filhos dos homens. A mãozinha de Jesus, agarrada a mão da Virgem, indica a confiança, o abandono, a fé inquebrantável com que o coração humano deve, na hora do perigo, recorrer aquela que é o Refúgio dos atribulados.
Um dia, revolvendo com a alma cheia de amor os papéis do arquivo, descobriu o jovem Pe. Januário Maffetti um manuscrito da lavra do Pe. Palma, o qual conseguira, a custa de mil angústias, edificar o convento e a igreja de São Carlos.
A cada página o Pe. Palma proclamava que Maria fora sua única Providência.
A relação jazia, havia mais de um século, oculta no fundo da biblioteca.
Movido por celestial inspiração, o jovem religioso mandou tirar uma cópia do quadro original e, não achando na igreja um lugar apropriado para a pintura, suspendeu-a no corredor entre a igreja e o convento. Abaixo do quadro colocou a seguinte inscrição, ditada por seu amor: "Mater Divinae Providentiae".
Era o dia 13 de julho de 1732, sexto domingo depois de Pentecostes
Desde então cresceu e se expandiu por toda a parte, autorizada pelos sumos pontífices, a devoção a Nossa Senhora da Divina Providencia, a qual começou a ser divulgada no Brasil com a chegada dos padres barnabitas, em agosto de 1903.

Nossa Senhora da Consolação



O presente título é divulgado no mundo inteiro pela Ordem dos Agostinianos, posto que, segundo uma lenda, a ele deve-se a conversão de Santo Agostinho. Santa Mônica, angustiada pela morte de seu esposo e pelos desvarios de seu filho Agostinho, recorreu à Mãe da Consolação, tendo depois a grande alegria de ver seu filho convertido e tão fervoroso cristão, que é hoje é considerado um dos maiores santos doutores da Igreja. Santo Agostinho tomou como protetora a Consoladora dos Aflitos e seus filhos espirituais se encarregaram de divulgar sua devoção.
Segundo a escritora Nilza Botelho Megale, o Brasil nasceu sob a proteção da Virgem Consoladora.
Nossa Senhora da Consolação
Antes mesmo de Pedro Álvares Cabral chegar ao nosso país, Vicente Pinzón, navegador espanhol, companheiro de Colombo em suas viagens ao Novo Continente, descobriu um promontório, que se acredita ser o cabo de Santo Agostinho, ou a ponta de Mucuripe, em Fortaleza, ao qual deu o nome de Santa Maria de la Consolación.
Nossa Senhora da Consolação é invocada como padroeira dos lares, promovendo a harmonia no seio das famílias e a conversão dos filhos desviados, contando com grande número de devotos em nosso país.
O sentimento mais enraizado no coração humano é o desejo de felicidade. No entanto, nada mais comum do que o sofrimento entre os homens. Por isso mesmo, todos nós necessitamos de afeto e consolação; porém, neste mundo enganoso, muitas vezes não encontramos consolações humanas. Existe contudo uma fonte viva de esperança, um raio de luz que ilumina as trevas do desespero e distribui a paz aos corações atribulados. É a consolação dos Aflitos, a Mãe de Deus, Nossa Senhora da Consolação

sábado, 11 de abril de 2009

Nossa Senhora do Trabalho


O dia de Nossa Senhora do Trabalho se comemora no dia 5 de maio. Ela teve início pelas mãos do Beato Guanella, fundador de duas congregações: Servos da Caridade e Filhas de Santa Maria da Providência. Todos aqueles Aflitos por alguma moléstia ou vítimas do desemprego devem recorrer a Ela com freqüência!

Nossa Senhora da Penha



Existia no norte da Espanha uma serra muito alta e íngreme chamada Penha de França, na qual o Rei Carlos Magno teria lutado contra os mouros, desbaratando-os.
Por volta de 1434, certo monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe apareceu no topo de escarpada montanha, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. Simão Vela, assim se chamava o monge, durante cinco anos andou procurando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu

Nossa Senhora Medianeira


A veneração à Virgem Maria nasceu com os cristãos primitivos. A partir do século IV, o culto à sua intercessão alcançou toda a cristandade. A crença no poder de mediação de todas as graças da Mãe junto ao Filho de Deus, teve origem no próprio Evangelho.
Ele revela que Maria cooperou com o Plano de Deus desde a Encarnação até a Redenção; Plano este que é Cristo Jesus. Revela que foi intermediária entre Jesus e São João Batista, santificado antes de nascer. Também revela que, o próprio Filho quis associar a Mãe na tarefa da reparação da Humanidade. Finalmente revela que o Espírito Santo desceu sobre a Virgem Maria e os apóstolos quando rezavam no cenáculo, momento solene do nascimento da Igreja. Assim, por sua maternidade divina, Maria se tornou Corredentora, obteve a função de Medianeira e se tornou Mãe da Igreja, da qual ela é o modelo perfeito.
A festa de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças, foi instituída pelo Papa Bento XV em 1921. Uma justa homenagem à confiança da Igreja a esta mediação materna do Redentor. A invocação da mediação da Mãe já estava enraizada no coração de todos os povos cristãos. De modo que a devoção sob esse título se difundiu rapidamente.
A devoção também chegou no Brasil e no sul do país ganhou enorme expressão. Em 1928, foi introduzida no Seminário São José, da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, através de um santinho recebido da Bélgica por Frei Inácio Valle. Dois anos depois, diante da eminência de uma luta armada na cidade de Santa Maria, um pequeno grupo de romeiros foi a igreja do Seminário São José orar pela intervenção de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Logo em seguida a demanda foi resolvida sem confronto.
O povo, organizou uma romaria maior e se dirigiu a igreja do Seminário para agradecer a proteção da Mãe Medianeira. A romaria cada vez maior se repetiu todos os anos. Hoje é a manifestação religiosa popular mais tradicional, antiga e numerosa do [[Rio Grande do Sul]. A romaria à Nossa senhora medianeira de todas as graças, como se tornou conhecida por devotos de todo o mundo, acontece sempre no segundo domingo de novembro, precedida de uma novena ocorrida cada dia em um santiário diferente e em diferentes pontos da cidade de Santa Maria, tornando-se uma das principais atividades anuais do calendário político e social da cidade além de movimentar de forma expressiva toda a vida e a economia da cidade.A romaria à nossa senhora medianeira é considerada uma das maiores manifestações de fé no estado do rio grande do sul, atraindo para a cidade de Santa Maria uma multidão média de duzentos e cinquenta mil romeiros, quase dobrando o numero de habitantes da cidade.Por tamanha devoção Nossa Senhora medianeira de todas as graças foi proclamada padroeira do estado do Rio Grande do Sul e sua devoção segue crescendo e transcedendo fronteiras.

Nossa Senhora dos Navegantes


Nossa Senhora dos Navegantes é um título dado a Mãe de Jesus, Maria.
A fé e a designação Nossa Senhora dos Navegantes, tem início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses[1]. As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares. Maria era vista como protetora das tempestades e demais perigos que o mar e os rios ofereciam. A primeira estátua foi trazida de Portugal junto com os navegadores. [2]
Nossa Senhora dos Navegantes é também conhecida pelo nome de Nossa Senhora das Candeias

Nossa Senhora do Ò


Nossa Senhora do Ó é uma devoção mariana surgida em Toledo, na Espanha, remontando à época do X Concílio, presidido pelo arcebispo Santo Eugênio, quando se estipulou que a festa da Anunciação fosse transferida para o dia 18 de Dezembro. Sucedido no cargo por seu sobrinho, Santo Ildefonso, este determinou, por sua vez, que essa festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, o povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa Senhora do Ó. (in: SILVA, Pe. Martinho da. Flores de Maria)

Nossa Senhora Divina Pastora


Nossa Senhora Divina Pastora (também invocada sob os nomes de Divina Pastora das Almas, Mãe Divina Pastora ou ainda Mãe do Bom Pastor) é um dos muitos títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Bem-aventurada Virgem Maria, sendo, sob essa invocação, particularmente cultuada em Portugal, Espanha e América Latina.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, mãe de Jesus, representada em um ícone de estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão.
Um ícone célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas, na Via Merulana.
A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones.
Andreas Ritzos, pintor grego do século XV, realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem este tipo iconográfico. Na verdade a tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em posição frontal, num braço ela porta Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro, aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”.
Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel , na parte superior, de um lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29).
Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé.
Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.

Nossa Senhora das Dores


Nossa Senhora das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa) é um dos plúrices títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria, sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal

Nossa Senhora da Vitória



Nossa Senhora da Vitória é uma Imagem católica venerada em Portugal, em particular na Freguesia de Famalicão, concelho da Nazaré, Portugal. De facto, é bem conhecida a devoção que o povo português tem pela mãe de Jesus Cristo, a começar por Nossa Senhora da Oliveira em Guimarães, Nossa Senhora da Nazaré, padroeira do concelho da Nazaré, e por outros tantos títulos.
Na paróquia de Famalicão, um dos antigos cultos populares é a Nossa Senhora do Livramento, a qual se encontrava num pequeno nicho junto à estrada, na localidade de Quinta Nova. Esta imagem foi venerada por muitos, que por ela passavam em direcção à Nazaré. Mais tarde, teve de ser recolhida para a casa da proprietária do terreno, devido a assaltos e vandalismos.
Do culto à Senhora da Victória em Famalicão no concelho da Nazaré, sabe-se que foi trazido pelas gentes da Praia das Paredes da Vitória, que no início do século XVI se vieram fixar, trazendo com eles o culto de Nossa Senhora da Victória.
A primitiva Imagem da Senhora da Victória não chegou até aos nossos dias, mas podemos ver a bandeira com a respectiva imagem, a qual facilmente se constata que tem pouco a ver com a imagem que hoje se venera, e que é datada do século XVIII.
Escultura em madeira policromada de regular qualidade, com olhos de vidro, representando a Virgem Maria com o Menino ao colo, assente numa nuvem com várias cabecinhas de anjo, sob a invocação de Nossa Senhora da Victória, evocando a vitória da vida sobre a morte, entre o bem e o mal. Sobre o ombro esquerdo pende um manto azul bordado a efeitos vegetativos dourados, que cai em ligeiras pregas até aos pés. No seu braço esquerdo segura o Menino, de largos caracóis louros. A Imagem foi ao longo dos tempos se degradando, tendo sido feitos alguns trabalhos de restauro, os quais lhe foram retirando a pintura inicial. Foi restaurada profundamente em 20 de Maio de 2005, aquando da comemoração dos 100 anos da sua Coroação, tendo sido feito um trabalho de limpeza até à própria madeira, sendo posteriormente pintada com as cores originais.
Da herança que nos chega até hoje, só se pode ver a inúmera quantidade de ouro e mantos, entre outros objectos, que ao longo dos anos, o povo da Paróquia ofereceu à sua Padroeira.
A festa de Nossa Senhora da Victória tem lugar no segundo Domingo de Agosto, trazendo consigo inúmeros romeiros.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Nossa Senhora da Saúde


A devoção a Nossa Senhora da Saúde teve início em Portugal, na época da “grande peste”, em meados do século XVI. No verão de 1569 o contágio chegou ao máximo e todos os esforços foram feitos pelo rei D. Sebastião, que chegou a pedir médicos à Espanha, a fim de debater o mal. O povo então, ao ver que os recursos humanos falhavam, recorreu à Mãe de Deus, organizando procissões de penitência em honra de Nossa Senhora da Saúde. Em 1570, tendo diminuído o número de mortes, foi escolhido o dia 20 de abril para agradecer a nossa a Senhora pelos benefícios.

Nossa Senhora dos Remédios


Conta-se que em meados do ano de 1520, durante as guerras de conquista do México, pelo conquistador espanhol Fernando Cortez, contra o império Asteca, em um episódio conhecido como Noites Tristes, os nativos Astecas, em defesa de seu patrimônio travaram, na planície de Otocampulco, sangrenta batalha com os conquistadores, massacrando os espanhóis. Conta à lenda que os sobreviventes teriam alcançado a cura de seus ferimentos invocando uma imagem da Virgem Maria trazida na mochila de um dos soldados, passando a chamá-la de Nossa Senhora dos Remédios.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Nossa Senhora do Brasil


A denominação Nossa Senhora do Brasil surgiu informalmente no seio de uma população longínqua, que sempre se distinguiu por singular devoção mariana Foi o povo napolitano que começou a invocar Madonna del Brasile. E isso ocorreu na primeira metade do século XIX, quando não havia se estabelecido ainda relação popular mais estreita entre Brasil e Itália, pois a grande imigração proveniente da bela Península não tinha começado.

Nossa Senhora de Copacabana


A história da devoção a Nossa Senhora de Copacabana, cuja imagem representa Nossa Senhora da Candelária, começou nas antigas colônias espanholas, mais precisamente na região atual da Bolívia, numa aldeia chamada Copacabana, às margens do Lago Titicaca. Em vista da fama milagrosa da virgem, comerciantes peruanos, bolivianos e portugueses teriam trazido para cá, no século XVII, uma cópia da imagem primitiva

Nossa Senhora da Escada


A imagem original da Virgem Santíssima se encontrava em uma capela situada à margem do rio Tejo.(Lisboa - Portugal) Ao partir, os marinheiros encomendavam-lhe seus trabalhos, e agradeciam sua proteção ao voltar. Como a margem do rio é elevada, precisavam subir ou descer os 31 degraus que separam a capela do rio. Por isto, com a passar do tempo, a imagem de Nossa Senhora da Conceição começou a ser chamada de Conceição da Escada, para diferenciá-la de outras imagens de Nossa Senhora da Conceição (devoção muito difundida em Portugal). Desse fato resultou que a imagem passou a ser conhecida como Nossa Senhora da Escada.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Nossa Senhora da Boa Viagem


Nossa Senhora da Boa Viagem foi oficializada pelo papa Pio XII como padroeira de Belo Hprizonte a pedido do cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, a devoção à Nossa Senhora da Boa Viagem foi trazida para o Brasil pelos homens do mar. Ermidas e capelas foram levantadas em honra de Nossa Senhora com este título. Algumas delas se transformaram em santuários que recebiam a visita de um grande número de devotos.

Nossa Senhora da Ajuda


As casas reais, desde a metade da Idade Média, colocavam sob a proteção de Nossa Senhora da Ajuda, os seus navios de guerra ou mercantes, sempre expostos aos perigos do alto mar. Festejos e celebrações, em honra dessa devoção, eram realizados nas partidas e nas chegadas. Com isso, surgiram inúmeras ermidas e capelas dedicadas à Senhora da Ajuda em toda a costa européia. A imagem venerada mostra a Virgem segurando o Menino Deus com o braço direito e tem o esquerdo estendido, com um cedro na mão

Nossa Senhora da Abadia


A imagem de Nossa Senhora da Abadia é bastante antiga, procedente do Mosteiro de Bouro, situado perto de Braga, em Portugal. Por isso é também chamada Santa Maria de Bouro.O Mosteiro de Bouro já existia naquela região por volta do ano 883. Naquele tempo, Portugal e Espanha tinham sido invadidos pelos mouros, que professavam a religião muçulmana. Com receio dos mouros, os monges abandonaram o Mosteiro e, para evitar a profanação da imagem da Virgem Santíssima, esconderam-na. Após muitos séculos, no tempo do Conde D. Henrique, o fidalgo Pelágio Amado abandonou sua vida mundana e tornou-se emérita. Ele foi viver com um velho ermitão na ermida de São Miguel, perto de Braga. Certa noite, num vale próximo da ermida, os ermitãos viram que brilhava uma luz bastante forte. Na noite seguinte, constataram que o fato se repetiu. Quando amanheceu, foram até o local, onde encontram uma imagem mariana entre as pedras. Cheios de júbilo, eles se prostaram diante da imagem e, agradecidos, passaram a venerar nela a Virgem Maria.

Nossa Senhora Auxiliadora



O título "Auxiliadora dos Cristãos" foi introduzido na Ladainha de Nossa Senhora pelo Papa São Pio V, após a vitória dos cristãos obtida em Lepanto, vitória essa, conseguida graças ao auxílio de Deus e de Nossa Senhora.
Em 1571, Dom João, príncipe austríaco, comandou os cristãos nessa batalha de Lepanto. São Pio V enviou para o Imperador uma bandeira, na qual estava bordada a imagem de Jesus crucificado. A preparação dos soldados consistiu em um tríduo de jejuns, orações e procissões, suplicando a Deus a graça da vitória, pois o inimigo não era apenas uma ameaça para a Igreja mas também para a civilização. Tendo recebido a Santa Eucaristia, partiram para a batalha. No dia 7 de outubro de 1571, invocando o nome de Maria, Auxílio dos Cristãos, travaram dura batalha nas águas de Lepanto. Três horas de combate foram necessárias... A vitória coube aos cristãos, que ao grito de "Viva Maria", hastearam a bandeira de Cristo.

Nossa Senhora Desatadora dos Nós


O quadro de Nossa Senhora Desatadora dos Nós foi pintado por um artista alemão, Johann Schmittdner, em 1700, movido por uma inspiração bíblica. O painel de 1,10 metro de largura por 1,82 metro de altura, encontra-se na pequena capela de St. Peter Am Perlach, na cidade de Ausburg, Alemanha. Para pintá-lo, o artista inspirou-se nos seguintes dizeres de Santo Irineu, do século III: "Eva, por sua desobediência, atou o nó da desgraça para o gênero humano; Maria, por sua obediência, o desatou".
Para pintá-lo, o artista inspirou-se nos seguintes dizeres de Santo Irineu, do século III, que é a mensagem principal da pintura:
"Assim como Eva, por sua desobediência, atou o nó da desgraça e foi para si mesma e para o gênero humano causa de morte, do mesmo modo Maria, por sua obediência, o desatou e foi para si mesma e para todo o gênero humano causa de salvação".
Maria é representada como a Imaculada Conceição. Percebe-se que Ela está situada entre o céu e a terra. Sobre a Virgem, o Espírito Santo derrama suas luzes. Sua cabeça encontra-se adornada de doze estrelas, que remetem às doze tribos de Israel e aos doze apóstolos por quem, após a morte de Jesus, foi chamada de Mestra nas dúvidas, consoladora nas angústias e fortaleza nas perseguições.
Outro ponto marcante no quadro é o manto azul que Maria está usando. A veste parece estar em movimento e simboliza a glória que reveste a Rainha no céu. Maria também esmaga com os pés a cabeça de uma serpente, símbolo das forças do mal. Isso porque Ela recebeu do céu o poder de vencer os demônios.
Ainda no quadro, um dos anjos entrega a Maria uma faixa com nós maiores e menores, separados e juntos. Estes nós simbolizam o pecado original, nossos pecados cotidianos e suas conseqüências que impedem à graça frutificar livremente em nossa vida.
Na parte inferior do quadro vemos que a faixa cai livremente. Um nó foi desatado. Mais abaixo, simbolizando a escuridão que domina a Terra, a pintura se mostra bem escura. Nesse breu pode ser visto um homem sendo guiado por um anjo até o topo da montanha e se dirigem a uma igreja. Dizem que se trata do arcanjo Rafael que acompanha Tobias (figura bíblica do Antigo Testamento) e o ajuda a encontrar-se com Sara, sua esposa escolhida por Deus. Essa história está no quadro para mostrar que Maria Desatadora dos Nós concede inúmeras graças no casamento e promove a reconciliação das famílias. Isto significa que para dois corações realmente se encontrarem, há que se desatar primeiro muitos nós.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós é invocada como aquela que nos ajuda a desatar todos os nossos males e aflições, todo o mal que nos escraviza e nos torna infelizes e pessimistas. Libertos de todas as cadeias que nos prendem ao egoísmo, abrimos o nosso coração a Seu Filho Jesus para finalmente saber em que consiste a verdadeira liberdade dos filhos de Deus.

Nossa Senhora da Conceição


Trata-se de um título litúrgico, celebrado no dia 8 de dezembro, pelo qual os católicos professam a prerrogativa concedida unicamente a Nossa Senhora: Maria foi concebida sem a mancha do pecado original. Deus preparou, desde o momento de sua concepção, uma criatura pura, toda santa, cheia de graça e de beleza, para ser a Mãe de seu Filho e sua alma santíssima jamais foi manchada pela menor imperfeição.
Deus, para quem nada é impossível, em sua divina Providência, quis formar de modo extraordinário a arca que conteria seu Divino Filho, poupando-a de todo e qualquer traço de pecado.
Da palavra “concebida” formou-se o derivado “Conceição”. A conceição de Maria foi, pois, imaculada. Daí a Imaculada Conceição, que com o tempo se uniu ao vocativo “Nossa Senhora”, chegando, finalmente, a “Nossa Senhora da Conceição”.
O dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo papa Pio IX, em 1854, mas o calendário romano já incluíra a festa em 1476 e, desde o sétimo século, esta celebração já existia no Oriente. Esta solene definição pontifícia foi resultado de um desenvolvimento da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos. Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e, em 1708, Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda cristandade. Quatro anos após a proclamação do dogma por Pio IX, Maria Santíssima apareceu a Bernadette Soubirous dizendo: "Eu sou a Imaculada Conceição".
O fundamento deste privilégio mariano está na absoluta oposição existente entre Deus e o pecado. Ao homem concebido no pecado, contrapõe-se Maria, concebida sem pecado. E a Maria, como Imaculada, foi reservado vencer o mal, os erros e as heresias que nascem e se desenvolvem no mundo como conseqüência do pecado.
O privilégio da Imaculada deve ser considerado, pois, não de maneira abstrata e estática, mas na sua projeção histórica e social. A Imaculada não é, na verdade, uma figura isolada das outras naturezas humanas. “Toda a história humana é iluminada e engrandecida por esta excelsa criatura, a única que, em perfeição, é inferior somente a Deus”.
Em Portugal, o culto foi oficializado por Dom João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança, que fora aclamado a 1º de dezembro de 1640, quando se iniciava a oitava da festa da Imaculada Conceição. Seis anos depois, com a aprovação das Cortes de Lisboa, o rei dedicou à Virgem Imaculada o reino português. Nossa Senhora da Conceição é a Padroeira de Portugal.
No Brasil, o culto teve início na Bahia em 1549, quando Tomé de Souza chegou a Salvador trazendo uma escultura da santa. Ela foi a protetora de nosso país no período colonial e foi proclamada “Padroeira do Império Brasileiro” por Dom Pedro I. Já no despontar do século XX, com o advento da República, o título cedeu lugar a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que é a antiga imagem da Imaculada Conceição encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul.
Continuemos, todos nós, a pedir ajuda e proteção a Nossa Senhora da Conceição, pois ela sempre nos dará amparo.

Nossa Senhora do Carmo


A invocação de Nossa Senhora do Carmo provém da Palestina. O monte Carmelo fica na Samaria, junto à cidade de Haifa e é notável pela sua riqueza e beleza naturais e dele se pode admirar uma sedutora e maravilhosa paisagem sobre a cidade e o mar Mediterrâneo.
Segundo o Antigo Testamento, após um desafio entre o profeta Elias e os sacerdotes de Baal, o deus dos judeus Javé manifestou o seu poder enviando o fogo do céu que queimou os altares da falsa divindade erigidos sobre o monte Carmelo. O profeta Eliseu também costumava orar naquela montanha, e nos primeiros tempos do cristianismo alguns eremitas ali construíram um convento dedicado à Mãe de Deus.
No tempo das cruzadas, o calabrês Bertoldo, para cumprir um voto feito durante uma batalha contra os infiéis, retirou-se ao monte Carmelo, fundando aí a Ordem dos Carmelitas, em 1209. As Cruzadas levaram a fama desta Ordem para a Europa e alguns frades fundaram conventos na Inglaterra. Um eremita chamado Simão Stock, atraído pelo exemplo de piedade dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção mariana que aquela ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem da Senhora do Carmo e, em 1247 foi eleito Superior Geral da Ordem.
Para fugir da perseguição dos sarracenos, os religiosos carmelitas saíram do monte Carmelo e das proximidades da Palestina e foram para a Europa. Frente à situação em que se encontravam, Simão Stock pediu a Maria, entre fervorosas orações, que os protegessem e que desse um singelo sinal desta proteção.
A Mãe de Deus, comovida com as súplicas do religioso, apareceu a ele, e lhe entregou um escapulário do Carmo, dizendo as palavras: “Recebe, meu querido filho, este escapulário como sinal da minha confraria e prova do privilégio que obtive para ti e para todos os carmelitas; é um sinal de salvação, um escudo nos perigos, um penhor de paz e aliança eterna. Aquele que morrer revestido deste escapulário será preservado do fogo do inferno”.
Isso aconteceu em 16 de julho de 1251. Desde então, a notícia do aparecimento da Virgem se espalhou e a ordem dos carmelitas encontrou a paz, a simpatia das pessoas e cresceu prodigiosamente. Simão Stock, após ter trabalhado muito na difusão do santo escapulário, morreu em Bordéus, em 16 de julho de 1265.

Nossa Senhora do Rosário


O Rosário nasceu do amor dos cristãos por Maria na época medieval, talvez no tempo das cruzadas da Terra Santa. O objeto da recitação desta oração, o terço, é de origem muito antiga, e eram usadas pedrinhas para contar o número das orações vocais. Nos conventos medievais os irmãos leigos, que não sabiam o latim, completavam as suas práticas de piedade com a recitação do Pai-Nosso, e para a contagem enfiavam grãos em um barbante.
No século XIII, um cônego, São Domingos, aflito com a situação causada pelos heréticos albigenses – que invadiram o sul da França e queimavam igrejas, profanavam imagens dos santos, perseguiam e espalhando o terror entre os católicos – pediu a Virgem que o inspire um meio de aumentar o trabalho de conversão.
Certo dia, enquanto rezava em sua cela, apareceu-lhe a Virgem Maria sobre uma nuvem luminosa e ensinou-lhe um método de oração garantindo-lhe que daria resultados maravilhosos. Assim surgiu a devoção ao Rosário, que tem o significado de uma grinalda de rosas oferecida a Nossa Senhora. Composto sob a orientação da Rainha do Céu, em pouco tempo trouxe de volta ao seio da Igreja inúmeros pecadores.
A mensagem de Nossa Senhora do Rosário: "A todos os que rezarem, com constância, o meu Rosário, receberão graças especiais. Aos que rezarem devotamente o meu Rosário, prometo minha especial proteção e as grandes graças. Os devotos do meu Rosário serão dotados de uma armadura poderosa contra o inferno, pois conseguirão destruir o vício, o pecado, as heresias. Toda alma que recorre a mim, através da oração do Rosário, jamais será condenada”.
Assim surgiu a devoção ao Rosário, que tem o significado de uma grinalda de rosas oferecida a Nossa Senhora.
São Domingos fundou, no ano de 1206, a Ordem dos Padres Pregadores, ou Dominicanos, os quais promoveram a devoção ao Rosário. A recitação do Rosário tornou-se a oração popular por excelência, uma espécie de breviário do povo, para ser recitado à noite em família. Além disso, é comum atribuir o pedido de Nossa Senhora para que se reze o Rosário, em suas aparições de Fátima e Lourdes.
A festividade mais moderna do Rosário foi instituída por São Pio V para comemorar a vitória de 7 de outubro de 1571 em Lepanto contra a frota turca (inicialmente dizia-se: Santa Maria da Vitória). Dois anos mais tarde Gregório XIII muda este título para Nossa Senhora do Rosário. Em 1716 a festividade foi estendida a toda Igreja Católica e fixada definitivamente por São Pio X em 1913. A festa do Santíssimo Rosário, como era chamada antes da reforma do calendário de 1960, resume, em certo sentido, todas as festas de Nossa Senhora.
O Papa João Paulo II proclamou o Ano do Rosário, no período de outubro de 2002 a outubro de 2003. Também instaurou os Mistérios Luminosos, a primeira inovação em séculos. Como comentou o papa, “a inserção de novos mistérios, sem prejudicar nenhum aspecto essencial do esquema tradicional desta oração, visa a fazê-la viver com renovado interesse na espiritualidade cristã, como verdadeira introdução na profundidade do Coração de Cristo, abismo de alegria e de luz, de dor e de glória.”

Nossa Senhora de Lourdes


Foi em 11 de fevereiro de 1858 que Nossa Senhora se manifestou pela primeira vez a Bernadete Soubirous, uma menina de apenas 14 anos. As aparições, 18 no total, repetiram-se até 16 de julho daquele ano, na gruta de Massabielle, perto da cidade de Lourdes, na França. Na primeira aparição, somente Bernadete pôde testemunhar a visão da Virgem, pois sua irmã e uma amiga já tinham passado para a outra margem do rio.
A segunda aparição ocorreu no dia 14 de fevereiro e, a conselho de uma das companheiras, Bernadete borrifou a Santíssima Virgem com água benta. A amiga dissera-lhe que a aparição podia ser algum artifício do demônio. A Virgem Maria sorriu afavelmente ao gesto da garota.
A aparição da Virgem se repetiu no dia 18 de fevereiro. Desta vez, a Senhora disse: "Vocês podem ter a bondade de vir aqui no espaço de quinze dias? Não prometo fazê-las felizes neste mundo, mas no outro". Ao longo das sucessivas aparições, a Senhora convidou Bernadette a rezar pelos pecadores e exortou os fiéis à penitência.
No dia 25 de fevereiro, a Senhora pediu que elas bebessem da água de uma fonte que se encontrava em determinado lugar. Bernadette raspou a superfície do terreno com as unhas. A princípio brotou apenas um fio de água meio escura. Bernadette bebeu um pouco e se lavou. Era o milagroso manancial de Lourdes.
No dia 2 de março a Senhora disse à menina que manifestasse aos sacerdotes seu desejo de que se realizasse uma procissão e se construísse ali uma capela. O pároco de Lourdes, o Pe. Peyramale não acreditou nas palavras da menina e a tratou duramente, ordenando: "Diga a essa Senhora para falar seu nome". Na manhã do dia 25 de março, a Virgem Santíssima deu sua resposta: "Eu sou a Imaculada Conceição". Bernadete sai correndo, repetindo pelo caminho este nome, para dizer ao sacerdote, aquele nome que nem mesmo ela compreendera.
Quatro anos antes, no dia 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX, na Basílica de São Pedro, em Roma, proclamara que a Imaculada Conceição de Nossa Senhora é dogma de fé, quer dizer, todos os católicos devem firmemente crer que Nossa Senhora foi preservada da mancha do pecado original. Com a aparição de Lourdes a Virgem confirmava a proclamação do dogma.
Apesar da proibição das autoridades civis que interrogaram e ameaçaram Bernadette, os peregrinos começaram a acorrer em massa à gruta de Massabielle, onde se realizaram muitos milagres. O Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, na França, recebe anualmente milhões de peregrinos crentes e também não crentes. Bernadette Soubirous morreu em 16 de abril de 1879. No dia 8 de dezembro de 1933, o Papa Pio XI inscreveu-a no catálogo dos santos.

Nossa Senhora do Rocio


A devoção a Nossa Senhora do Rocio tem início no século XIII na Espanha, quando esta era dominada pelos turcos. Rocio, que significa “orvalho”, é uma aldeia situada à oeste da província de Andaluzia, que deve sua celebridade à milagrosa imagem de Nossa Senhora, tornando-se um lugar de peregrinações.
Diz a tradição que ela foi achada por um caçador no tronco de uma árvore. O caçador resolveu levá-la consigo até Almonte. Porém, sentindo-se cansado, parou no caminho para descansar e dormiu. Quando acordou, a imagem havia desaparecido. Após o ocorrido, o caçador decidiu voltar ao lugar onde a tinha encontrado. E para seu espanto, a imagem estava lá novamente no tronco da árvore.

Nossa Senhora da Salette


No dia 19 de setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu a Maxime Giraud e Melanie Calvat, em La Salette, França. Eis o relato dos dois pequenos pastores.
“Estávamos na colina cuidando do gado, quando de repente vi uma bela luz, mais brilhante que o Sol. Chamei a atenção de Maxime e este gritou, jogando do chão o bastão que trazia. Viram aquela luz intensa, que não fazia mal, arredondada, rasgando-se, e dentro dela apareceu uma belíssima Senhora. Meu coração", conta Melanie, "queria correr mais depressa que eu."
No início, tinha o rosto entre as mãos; parecia chorar muito. E, então, a Senhora ficou de pé, cruzou os braços sobre o peito e pediu-lhes cortesmente que se aproximassem. Tinha "uma grande notícia" a anunciar-lhes. Dos olhos Dela caíam lágrimas constantes, que não cessaram durante todo aquele tempo extraordinário. A sua mensagem era profética, apocalíptica e cheia de misericórdia. Ela repetiu que o homem, se trabalha, deve santificar as festas da Igreja, pois a sofreguidão do trabalho, da produção cega, é viciada, e acaba maldizendo as colheitas dos campos, tornando-os estéreis e atraindo castigos sobre vidas e bens.
Falando alternadamente para Maxime e Melanie, a mensagem da Virgem foi a seguinte: "Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais. Há quanto tempo sofro por vós. Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não mo querem conceder! É isso que torna tão pesado o braço de Meu Filho. Durante o verão, só algumas mulheres mais idosas vão à Missa. Os outros trabalham no domingo, durante todo o verão. Durante o inverno, quanto não sabem o que fazer, vão a Missa zombar da religião. Durante a Quaresma vão ao açougue como cães".
Ela pedia que o homem, se trabalha, deve santificar as festas da Igreja, pois a sofreguidão do trabalho, da produção cega, é viciada e acaba maldizendo as colheitas dos campos, tornando-os estéreis e atraindo castigos sobre vidas e bens.
Ao terminar a aparição, a grande Senhora deu meia-volta, cruzou o córrego e continuou subindo a colina. Ela andava, mas as plantas de seus pés não esmagavam a relva, quase não dobravam os talos. A figura da Senhora desaparecia à medida que a luminosidade aumentava, como se fundindo com a luz, até a imagem sumir e restar apenas o fulgor.
Os meninos foram obrigados a repetir a história várias vezes e sofreram muito. Logo após o acontecido, tiveram início as romarias ao local da aparição e muitos milagres foram comprovados. O Santuário ficou pronto em 1879. Maxime morreu aos 40 anos, em 1875. Melanie faleceu em 1904, em santidade, como uma das fundadoras da Congregação das "Filhas do Zelo do Divino Coração de Jesus".

Nossa Senhora da Paz


A devoção a Nossa Senhora da Paz nasceu na cidade de Toledo (Espanha), no século XI. Os mouros (árabes muçulmanos) invadiram a Espanha e tomaram nesta cidade um templo consagrado a Maria Santíssima, muito venerado pelos fiéis, transformado-o em mesquita e profanando-o com os cultos e ritos de sua religião. Quando os cristãos retomaram Toledo, a Igreja continuou sendo mesquita dos mouros como parte de um acordo feito com o Rei Espanhol.
A rainha e a população, indignadas, saíram pelas ruas vestidas de luto, em protesto. Correndo o risco de serem penalizadas por desobediência ao rei, pediram à Virgem que lhe abrandasse o coração. Os mouros, com medo de que a população se voltasse contra eles, suplicaram que o rei perdoasse a rainha e o arcebispo. O soberano atendeu o pedido. Uma procissão rendeu graças à Virgem por ter trazido a paz a Toledo. A fim de perpetuar esta graça, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Paz.

Nossa Senhora da Esperança


Os fiéis sempre invocavam o nome de Maria com a esperança de que Ela os ajudasse a resolver seus problemas pessoais. Assim este título não é novo, pois a Mãe de Deus na liturgia romana tem sido denominada "esperança dos desesperados". O mais antigo santuário de Nossa Senhora da Esperança de que se tem notícia é o da cidade de Mezières, na França, construído no ano de 930; depois dele, vários outros foram erigidos.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


Na ilha de Creta havia um quadro da Virgem Maria muito venerado devido aos estupendos milagres que operava. Nada se conhece sobre a origem do milagroso ícone nem da igreja onde era venerado, pois a ilha esteve durante muitos séculos dominada pelos muçulmanos, que destruíram muitos documentos cristãos.
É uma pintura sobre madeira, em estilo bizantino, onde se enlaçam a arte e a piedade, a elegância e a simplicidade. Dizem os especialistas que deve ser uma das diversas cópias do retrato da Virgem Santíssima feito por São Lucas e que o pintor era grego, porque são helênicas as letras das inscrições.
Esta preciosidade, porém, não impediu que fosse vítima da ganância dos homens. No século XV, um rico negociante, pensando no bom preço que poderia obter por ele, roubou-o e levou-o para Roma.
Durante a travessia do Mediterrâneo, o navio que transportava a preciosa carga foi atingido por terrível tempestade, que ameaçava submergi-lo. Os tripulantes, sem saber da presença do quadro, recorreram a Virgem Maria. Logo a tormenta amainou, permitindo que a embarcação ancorasse, sendo salva num porto italiano. E o quadro caiu no esquecimento após a morte do ladrão.
Algum tempo depois a Santíssima Virgem apareceu a uma menina, filha da mulher que guardava a pintura em sua casa, avisando que a imagem deveria ser colocada numa igreja e recebesse o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O quadro foi então solenemente entronizado na capela de São Mateus, em Roma, no ano de 1499, e aí permaneceu recebendo a homenagem dos fiéis durante três séculos.
Depois da destruição da igreja no ano 1798, feita pelas tropas napoleônicas, a imagem santa caiu novamente no esquecimento. Em meados do século XIX, o papa Pio IX chamou a Roma os padres Redentoristas, que se estabeleceram no antigo convento dos Agostinianos, no local onde existira a igreja de São Mateus. Foi então que um dos religiosos encontrou documentos relativos a uma imagem da Virgem Maria, famosa pelos grandes milagres que realizava. Após muita procura o quadro foi encontrado por uma revelação especial de Nossa Senhora.
Finalmente em 1866, o Papa Pio IX confiou oficialmente o quadro aos Redentoristas, ordenando: "Fazei que todo o mundo conheça o Perpétuo Socorro". Um ano mais tarde, quando o quadro era levado em procissão, Nossa Senhora realizou o milagre de curar um menino. No Brasil, esta invocação de Maria chegou com os padres da Congregação do Santíssimo Redentor que aqui se estabeleceram em 1893.
Esta amável pintura pode parecer estranha aos olhos ocidentais modernos. Não retrata Maria como uma jovem delicada de olhos melancólicos. Seu olhar direto, seus traços fortes, chamam a nossa atenção. Ficamos impressionados com os detalhes irreais das figuras. Jesus tem o porte de uma criancinha, mas suas feições são as de um menino maior. Maria e Jesus não estão inseridos numa cena, mas flutuam num fundo dourado.

Nossa Senhora Rosa Mística


Em 1947, em Montechiari, situada a alguns quilômetros de Bréscia, norte da Itália, uma enfermeira chamada Pierina Gilli, nascida no dia 3 de agosto de 1911, encontrava-se num quarto do hospital onde trabalhava, quando teve uma visão de uma belíssima Senhora vestida com uma túnica púrpura e com um véu branco cobrindo-lhe a cabeça. Em seu peito estavam encravadas três espadas e seu celestial rosto tinha feições muito tristes. A Virgem chorava e disse em sua primeira aparição disse: "Oração, Penitência e Expiação".
Na segunda aparição a Virgem apresenta-se de branco e em lugar das três espadas traz no peito três rosas: uma branca, uma cor-de-rosa e outra dourada. A Virgem disse a Pierina que o Senhor a enviara especialmente para ajudar os sacerdotes e as ordens religiosas. A Virgem explicou também o significado das espadas e das três rosas:
a primeira espada: representa a escassez das vocações;
a segunda espada: representava os pecados mortais dos sacerdotes, monges e monjas;
a terceira espada era por causa dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas;
a rosa branca: o espírito de oração;
a rosa vermelha: o espírito de expiação e sacrifício;
a rosa dourada: o espírito de penitência.

Nossa Senhora de Nazaré


A devoção a Nossa Senhora de Nazaré, a mais importante do Estado do Pará, no Brasil, tem suas origens em Portugal. Seu caráter lendário não lhe seqüestra a beleza: a imagem da Senhora teria sido esculpida no Oriente por São José, na presença da Mãe de Cristo. Depois passou por várias vicissitudes, a imagem ficou esquecida na pequena lapa construída pelo monge, no atual promontório do Sítio (Nazaré).
No Pará, Plácido José de Souza, caçando na estrada de Utinga, hoje a Avenida Nazaré, encontrou a imagem da Santa entre os rochedos, que tinha aproximadamente 30 cm de altura, feições portuguesas e vestia escarlate azul,levou-a para casa e colocou-a em um pequeno altar. No dia seguinte ela não mais estava lá. Dias depois voltou ao mesmo lugar para caçar e novamente encontrou a imagem entre as pedras. Outra vez levou-a para casa e mais uma vez a imagem sumiu de lá, sendo encontrada no lugar onde foi descoberta pela primeira vez

Nossa Senhora de Caravaggio


A cidade de Caravaggio, terra da aparição, se encontrava nos limites dos estados de Milão e Veneza e na divisa de três dioceses: Cremona, Milão e Bérgamo. Ano de 1432, época marcada por divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, batida por bandidos e agitada por facções, traições e crimes. Além disso, teatro da segunda guerra entre a República de Veneza e o ducado de Milão, passou para o poder dos venezianos em 1431. Pouco antes da aparição, em 1432, uma batalha entre dois estados assustou o país.

Neste cenário de desolação, às 17 horas da segunda-feira, 26 de maio de 1432, acontece a aparição de Nossa Senhora a uma camponesa. A história conta que a mulher, de 32 anos, era tida como piedosa e sofredora. A causa de seu infortúnio era o marido, Francisco Varoli, um ex-soldado conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa. Maltratada e humilhada, Giannetta cortava feno orando e pedindo à Virgem Santíssima proteção.

terça-feira, 3 de março de 2009

Nossa Senhora das Graças


Na tarde de um sábado, dia 27 de novembro de 1830, em Paris, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, a noviça Irmã Catarina Labouré, teve uma visão de Nossa Senhora.

Nossa Senhora de Guadalupe


A devoção a Nossa Senhora de Guadalupe teve início no México, com sua aparição ao índio batizado Juan Diego. Por volta de 1531, ele passava pela colina de Tepeyac, perto da capital mexicana, quando ouviu uma suave melodia. Olhou e viu sobre uma nuvem branca uma linda Senhora resplandecente de luz, envolta em um arco-íris.

Nossa Senhora da Luz


Por volta do ano de 1463, havia um homem chamado Pero Martins, que nascera em Carnide, Portugal, e descendia de família humilde. Diz-se que ele foi levado em cativeiro pelos mouros, quando foi cuidar de umas terras que sua mulher havia herdado.
Preso no norte da África, Pero Martins recorreu ao auxílio da Virgem Maria. Ela, então, começou a aparecer-lhe em sonho, durante trinta noites.

Nossa Senhora de Schoenstatt


Em Schoenstatt, Alemanha, o Pe. Jose Kentenich e um grupo de alunos realizou uma aliança de amor com Nossa Senhora a 18 de outubro de 1914. No Santuário de Schoenstatt, Maria Santíssima é venerada como Mãe rainha e vencedora três vezes admirável de Schoenstatt. Mãe, porque ela nos foi dada como mãe pelo próprio Cristo na cruz. Rainha, porque é mãe de Cristo, o Rei do Universo. Vencedora porque Deus lhe concedeu o poder de vencer e triunfar em todas as batalhas contra os poderes diabólicos. Três Vezes Admirável pela grandeza de sua posição junto à Trindade, como filha predileta do Pai, mãe do Filho e esposa do Espírito Santo. Também por ser Mãe de Deus, Mãe do Redentor e Mãe dos Remidos. De Schoenstatt porque é o nome do lugar escolhido para estabelecer esse Santuário.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida


Sua Aparição ocorreu em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá notícia de que o conde de Assumar, D.Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais.
Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraiba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadore

Nossa Senhora de Fátima


Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima é a designação pela qual é conhecida.
Aparição durante meses seguidos para três crianças em Fátima , localidade portuguesa, em 1917. A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, ou a combinação dos dois nomes, dando origem a "Nossa Senhora do Rosário de Fátima", pois, segundo os relatos, "Nossa Senhora do Rosário" teria sido o nome pelo qual a Virgem Maria se haveria identificado, dado que a mensagem que trazia era um pedido de oração, nomeadamente, a oração do rosário.